FONTES HISTÓRICAS:
Para que se entenda bem o que são as
fontes históricas, é necessário que se saiba que a palavra “fonte” aqui é
entendida no sentido de “documento”, ou seja, algo em que está
registrado o testemunho de algum evento que ocorreu no passado. Nesse sentido,
as fontes ou documentos históricos constituem tudo o que ser humano produziu
desde os seu primórdios. Tais fontes podem ser desde artefatos arqueológicos
até dispositivos eletrônicos feitos no século XX, como os primeiros
computadores ou microchips.
Há, é claro, uma diferença de
complexidade entre as fontes. Por exemplo: as túnicas que os romanos usavam na
época do império são fontes históricas menos complexas que o poema “Eneida”,
de Virgílio, que narra toda a história da civilização romana.
Entretanto, as histórias do vestuário, bem como a história literária, são
igualmente importantes para se compreender bem um dado período histórico, haja
vista que cada uma delas se debruça sobre um objeto específico.
Os pedaços de cerâmicas, as pedras
lascadas e polidas, as urnas funerárias com ossos humanos, as pinturas
rupestres e toda a gama de achados arqueológicos são também fontes históricas,
pois dizem respeito aos ancestrais do homem contemporâneo. O que diferencia os
registros do homem pré-histórico dos registros dos outros animais é a produção
de sistemas simbólicos. Nenhum outro animal, além do
homem, desenvolveu artefatos como machadinhas feitas de ossos ou de pedra,
tampouco desenhou nas paredes das cavernas cenas com forte carga simbólica.
Nesse sentido, as
fontes históricas são variadas e muito amplas. Cada tipo de fonte exige do
historiador uma habilidade e uma especialidade diferentes. Ao historiador compete
interpretar bem tais fontes e extrair delas aquilo que sustentará a sua
argumentação. A diferença da “prova”, em história, para a “prova”, no âmbito de
outras ciências, diz respeito ao modo como o historiador maneja as fontes na
narrativa que ele constrói.
Por Me. Cláudio Fernandes
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