sexta-feira, 20 de março de 2020

HISTÓRIA - ATIVIDADE 2 O estudo da História – o que é História? O Tempo e a História, as fontes históricas.


O estudo da História – o que é História?
O Tempo e a História, as fontes históricas.


O que é História?
História é a ciência responsável por estudar os acontecimentos passados. O historiador, em seu ofício, deve colocar em prática uma análise crítica do seu objeto de estudo a fim de racionalizar a conclusão sobre os acontecimentos investigados.
A palavra “história” tem origem no idioma grego e é oriunda do vocábulo “hístor”, que significa “aprendizado”, “sábio”. Sendo assim, faz referência ao conhecimento obtido a partir da investigação e do estudo. 

A importância da História está em seu papel de nortear o homem no espaço e no tempo, dando-lhe a possibilidade de compreender a própria realidade.

O conceito de História recebe definições distintas de acordo com diferentes historiadores. Alguns consideram que a História não é a ciência que estuda os acontecimentos passados, mas sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo|1|. Outros entendem como o estudo das transformações na sociedade humana ao longo do tempo.
Nesse sentido, o papel do historiador é fazer uma análise crítica que o permita chegar a uma conclusão sobre determinado acontecimento passado a partir da investigação de fontes históricas. O historiador não deve glorificar ou demonizar determinado acontecimento, mas deve analisá-lo criticamente, utilizando todas as fontes que estiverem ao seu alcance e empregando métodos de análise que o auxiliem em seu exercício.
Quando se iniciou a História?
O surgimento da História enquanto ciência e campo de estudo foi obra dos gregos antigosHeródoto é considerado o pai da História. Seu trabalho aconteceu por meio da sistematização dos eventos da história dos gregos e de outros povos da antiguidade, como os egípcios. Um dos eventos da história grega narrados por Heródoto foram as Guerras Médicas, conflito travado durante a invasão da Grécia pelos persas.
Tucídides foi o primeiro historiador a utilizar, de fato, um método de análise que permitisse reconstituir e formular uma análise a respeito de um acontecimento passado. Seu trabalho foi a respeito da Guerra do Peloponeso, conflito travado entre as cidades de Atenas e Esparta.

Periodização
Ao longo do tempo, os historiadores convencionaram-se a organizar os eventos em períodos. Essa periodização, naturalmente, seguia uma organização cronológica e utilizava acontecimentos marcantes para determinar o fim de um período e o começo de outro. O fim de um período, no entanto, não significava o registro de mudanças profundas imediatas, mas indicava, a partir daquele marco, o acontecimento de mudanças significativas com o passar do tempo.
Apesar de muitos historiadores questionarem a datação dos marcos de cada período, ela permanece em vigência e é utilizada como mecanismo para organizar o estudo da história e facilitar o ensino. Os períodos históricos são Pré-HistóriaIdade AntigaIdade MédiaIdade ModernaIdade Contemporânea.

·        Pré-História
Período que acompanha toda a evolução histórica do homem, partindo de seu surgimento e estendendo-se até o momento em que a primeira forma de escrita foi criada, por volta de 4000 a.C. A Pré-História acompanha todo o processo de desenvolvimento humano, desde a utilização da pedra e do metal para a produção de ferramentas até o processo de sedentarização.
·        Idade Antiga
Tem como ponto de partida a criação da primeira forma de escrita desenvolvida pelo homem: a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia. Esse período estuda os acontecimentos que envolveram diferentes povos, como egípcios, sumérios, assíriospersashititas, gregos, romanos, etc. O marco do fim desse período é a queda do Império Romano do Ocidente, quando o último imperador romano foi destronado pelos hérulos, em 476 d.C.

·        Idade Média
Acompanha os eventos históricos do período que se estende de 476 a 1453. Seu marco inicial é o fim do Império Romano do Ocidente, e seu marco final é a queda de Constantinopla para os otomanos.
Nesse período, enfocam-se os fatos acontecidos na Europa com o surgimento do feudalismo e a formação de uma sociedade controlada pela Igreja Católica. Atualmente, o estudo desse período no Brasil tem expandido seu foco para estudos de outros povos, como árabes, povos asiáticos, africanos e pré-colombianos.

·        Idade Moderna
É um período mais curto o qual analisa os acontecimentos de 1453 a 1789, com destaque para o processo de colonização do continente americano. São ressaltadas também as diversas transformações que a Europa enfrentou com o surgimento de novas ideias durante o Renascimento e o Iluminismo.
O marco estipulado para o fim desse período é a Queda da Bastilha, evento que iniciou a Revolução Francesa, em 1789.

·        Idade Contemporânea
Período atual em que estamos inseridos. Acompanha acontecimentos do final do século XVIII até a os dias de hoje. Sendo assim, esse período engloba fatos que marcaram grandes transformações para a humanidade, como aqueles causados pelas revoluções industriais.

LEITURA COMPLEMENTAR:
TEMPO CRONOLÓGICO E TEMPO HISTÓRICO
·        Observação dos fenômenos naturais e contagem do tempo
tempo é uma questão fundamental para a nossa existência. Inicialmente, os primeiros homens a habitar a terra determinaram a contagem desse item por meio da constante observação dos fenômenos naturais.
Dessa forma, as primeiras referências de contagem do tempo estipulavam que o dia e a noite, as fases da lua, a posição de outros astros, a variação das marés ou o crescimento das colheitas pudessem metrificar “o quanto de tempo” se passou. Na verdade, os critérios para essa operação são diversos.

·        Consciência da finitude
Não sendo apenas baseada em uma percepção da realidade material, a forma com a qual o homem conta o tempo também pode ser visivelmente influenciada pela maneira com que a vida é compreendida.
Em algumas civilizações, a ideia de que houve um início em que o mundo e o tempo se conceberam juntamente vem seguida pela terrível expectativa de que, algum dia, esses dois itens alcancem seu fim. 
Já outros povos entendem que o início e o fim dos tempos se repetem por meio de uma compreensão cíclica da existência.

·        Definição de tempo histórico
Apesar de ser um referencial de suma importância para que o homem se situe, a contagem do tempo não é o principal foco de interesse da História. Em outras palavras, isso quer dizer que os historiadores não têm interesse pelo tempo cronológico, contado nos calendários, pois sua passagem não determina as mudanças e acontecimentos (os tais fatos históricos) que tanto chamam a atenção desse tipo de estudioso. Dessa maneira, se esse não é o tipo de tempo trabalhado pela História, que tempo tal ciência utiliza?
O tempo empregado pelos historiadores é o chamado “tempo histórico”, que possui uma importante diferença do tempo cronológico. 
Enquanto os calendários trabalham com constantes e medidas exatas e proporcionais de tempo, a organização feita pela ciência histórica leva em consideração os eventos de curta e longa duração. 
Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se organizar a sociedade para dizer que um determinado tempo se diferencia do outro.
Seguindo essa lógica de pensamento, o tempo histórico pode considerar que a Idade Média dure praticamente um milênio, enquanto a Idade Moderna se estenda por apenas quatro séculos. O referencial empregado pelo historiador trabalha com as modificações que as sociedades promovem na sua organização, no desenvolvimento das relações políticas, no comportamento das práticas econômicas e em outras ações e gestos que marcam a história de um povo.
A História não admite uma compreensão rígida do tempo, em que a Idade Moderna, por exemplo, seja radicalmente diferente da Idade Média. 
Nessa ciência, as mudanças nunca conseguem varrer definitivamente as marcas oferecidas pelo passado.

·        Importância das duas formas de tempo
Mesmo parecendo que tempo histórico e tempo cronológico sejam cercados por várias diferenças, o historiador utiliza a cronologia do tempo para organizar as narrativas que constrói. 
Ao mesmo tempo, se o tempo cronológico pode ser organizado por referenciais variados, o tempo histórico também pode variar de acordo com a sociedade e os critérios que sejam relevantes para o estudioso do passado. 
Sendo assim, ambos têm grande importância para que o homem organize sua existência.


Por Rainer Sousa
Graduado em História

1.     1.De acordo com estudos marque a alternativa que corresponda ao conceito da Ciência História:
o   A) Estuda as ações do homem no espaço sem se preocupar com o tempo
o   B) Estuda as ações do Homem no tempo, sem se preocupar com o espaço
o   C) Está relacionado a tudo o que o ser humano modifica
o   D) Estuda as ações do Homem no tempo e no espaço

2.     2. Assinale a alternativa que apresenta corretamente o ano relacionado ao seu século
o   A) Ano 1478 século XIV
o   B) Ano 258 século II
o   C) Ano 3698 século XXXI
o   D) Ano 2015 século XXI

3.     3. De acordo com a divisão tradicional da História, a evolução cronológica correta dos períodos históricos é:
o   A) Pré-História, Idade Antiga, Idade Contemporânea, Idade Média, e Idade Moderna
o   B) Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea
o   C) Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, e Idade Contemporânea
o   D) Idade Contemporânea, Idade Moderna, Idade Antiga e Idade Média
4.     4. Dentre as opções abaixo, qual delas apresenta apenas exemplos de fontes escritas?
o   A) Diários, jornais e leis
o   B) Pinturas, utensílios domésticos e certidões de nascimento
o   C) Revistas, livros e vestimentas
o   D) Brinquedos, documentos e móveis

5.     5. Assinale a alternativa correta sobre diversidade cultural
o   A) As culturas são iguais entre si
o   B) A cultura brasileira é superior a qualquer outra cultura
o   C) Não existe diferenças nas culturas, todos somos iguais
o   D) Cada povo tem sua cultura, isto é, um jeito próprio de se vestir, de se alimentar, de agir e de pensar

FONTES HISTÓRICAS:

Para que se entenda bem o que são as fontes históricas, é necessário que se saiba que a palavra “fonte” aqui é entendida no sentido de “documento”, ou seja, algo em que está registrado o testemunho de algum evento que ocorreu no passado. Nesse sentido, as fontes ou documentos históricos constituem tudo o que ser humano produziu desde os seu primórdios. Tais fontes podem ser desde artefatos arqueológicos até dispositivos eletrônicos feitos no século XX, como os primeiros computadores ou microchips.
Há, é claro, uma diferença de complexidade entre as fontes. Por exemplo: as túnicas que os romanos usavam na época do império são fontes históricas menos complexas que o poema “Eneida”, de Virgílio, que narra toda a história da civilização romana. Entretanto, as histórias do vestuário, bem como a história literária, são igualmente importantes para se compreender bem um dado período histórico, haja vista que cada uma delas se debruça sobre um objeto específico.
Os pedaços de cerâmicas, as pedras lascadas e polidas, as urnas funerárias com ossos humanos, as pinturas rupestres e toda a gama de achados arqueológicos são também fontes históricas, pois dizem respeito aos ancestrais do homem contemporâneo. O que diferencia os registros do homem pré-histórico dos registros dos outros animais é a produção de sistemas simbólicos. Nenhum outro animal, além do homem, desenvolveu artefatos como machadinhas feitas de ossos ou de pedra, tampouco desenhou nas paredes das cavernas cenas com forte carga simbólica.
Nesse sentido, as fontes históricas são variadas e muito amplas. Cada tipo de fonte exige do historiador uma habilidade e uma especialidade diferentes. Ao historiador compete interpretar bem tais fontes e extrair delas aquilo que sustentará a sua argumentação. A diferença da “prova”, em história, para a “prova”, no âmbito de outras ciências, diz respeito ao modo como o historiador maneja as fontes na narrativa que ele constrói.

Por Me. Cláudio Fernandes




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